Psychiatrist in noida

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Tudo diferente. Tudo igual.

Dentre as minhas incertezas antes de começar essa aventura, uma delas era: será que vou viver tudo aquilo que o mundo pode me oferecer? É comum lermos relatos e histórias de fulanos, cicranos e jenézios de que “largar tudo e se jogar no mundo” colocou em prova seus ideiais pré estabelecidos, os fizeram ficar de frente com o divino, os fez ver que a vida é muito mais do que aquele escritório cheio de baias, computadores e disputas diárias por “liga ou não liga o ar condicionado?”.

Mas afinal, o que seria todo esse “muito mais”? O que tanto as pessoas prometem e se gabam ao viver suas aventuras e dizem “mas o mundo é muito mais do que meu emprego na Refinações de Milho”.

Semana passada tive uma experiência maravilhosa e hoje no telefone com uma amiga comentei, por cima, sobre o que vi e percebi que era necessário escrever a respeito.

Mas voltando ao antes da trip começar, um dia estava conversando com a Carine, amiga do NG que muito me inspirou para fazer esse rolê todo, lá na casa do Riquinho em SP pertinho da Beneficência Portuguesa. Papo vem, eu logo meti a pergunta pra ela. Fechada. Na lata: “Carine, como é que você faz pra tanta coisa maravilhosa acontecer com você? olha isso, você tava solta no mundo e agora está trabalhando num puta projeto incrível em Angola! Eu quero ser como você”. Ela calmamente me disse: Bia, você tem inúmeras qualidades, viajar é dizer sim as oportunidades. Faça isso e terá o mundo a sua maneira.

Como vocês sabem, sou moradora de Osasco(era como eu me referia a morar no entorno de BKK) e isso faz com que a cada ida para Bangkok eu tenha que arrumar um teto caso queira dormir lá. E é ai que entra a Linka, uma chinesa com point of views diferente dos meus, estilo de vida oposto e uma igual busca pela felicidade. A Linka é amiga do cara que morava no ape que eu moro, conheci ela através de algumas conexões e eis que a casa dela se tornou um teto amigo que tenho em Bangkok. Sem pestanejar disse sim, nao é assim que se faz? E já peguei dias lotados em que um apartamento de 30 metros quadrados foi casa pra uma galera.

A Linka trabalha na United Nations, que para nós tupiniquins é a famosa Organizao das Nações Unidas. Ela trabalha na área social, ligada a uma start up interessantíssima (ah, para um outro email vou contar do mega evento que eu fui e causei um pouquinho) que faz um puta trabalho incrível… Mas enfim. Eu estava em Bangkok e Linka me manda a mensagem: Bea, do you wanna come to the UN? Pensei: why not ne mores? Pra quem não sabe, aqui em Bangkok fica a sede Ásia das nações unidas, assim como a latin america fica no Chile e a mundialzona, dona da porra toda, fica nos estados unidos.

Fui la.

Sem demagogia: quando eu pisei dentro daquele local, me senti diplomata. Me senti conciliadora do mundão. Me senti parte de algo que eu mal sei o que é e que tanto ouço Lele e Jessi sonharem. Começamos o tour e eis que uma surpresa nos aguardava (estávamos Eu, Linka e Mari Barone): naqueles dias estava rolando uma conferência internacional para discutir sobre a camada de ozônio e os tópicos ligados diretamente a isso: economia, desigualdade social e por ai vai.

Saquei meu celular do bolso e comecei a transmissão ao vivo: caralho, vou mostrar para as pessoas a grandiosidade disso tudo.

A discussão estava no final. A sala era maior que o senado e menor que a câmara(aos que ja foram para BSB). Tinha as luzes amareladas e microfones posicionados em cada mesa. Mesas essas que tinham uma plaquinha indicando o país. Suíça estava com a palavra e eu a permissão de filmar. Era isso: tínhamos poderes diferentes naquela situação, mas honestamente eu duvido que a loira elegante tinha a minha emoção. Minha gente, eu vim de Pouso Alegre, cidade onde o povo vai na câmara municipal pegar agua daquela bica que tem ali (moradores da real capital mineira entenderão). A loira tinha o comando das palavras da reunião e eu tinha a emoção. Olhei para a

linka e disse:” Muito obrigada, isso é tão diferente, tão novo e tão especial para mim. Queria que minha irmã estivesse aqui! Obrigada. “. Ela olhou, e humildemente disse: de nada! quer conhecer o escritório?

Eu caminhava e pensava:” maano, olha que louco!! eu to na ONU poorra! “. Naquele momento eu tava cagando pra temática da discussão. Eu mal prestei atenção no que as pessoas estavam falando, e na verdade não tinha tempo pois faltavam 9 minutos para terminar e os gringos são bem caxias nisso; não tem essa de “five minutes more”

Entramos no escritório. Era cheio de plantas nas baias, cheio de desenhos nas paredes. Cheio também de planilhas que aparentemente não diziam porra nenhuma. Garrafinhas d agua na mesa, post it na parede (baia na verdade ne), luz branca (bem fluorescente). Era cheio de gente com cara de satisfação e cheio também de pessoas com cara de merda. Comecei então a imaginar que o café dali poderia ser ruim como o da JTI, ou que a tia do carrinho (Bacardi Times) talvez não tinha passado naquele dia e as pessoas estavam tipo eu e Carol: famintas sonhando com a carne louca que não chegou. Imaginei também que poderia ter um clima tenso devido ao mix de nacionalidades, vai que tem um cara de Israel na frente de um Palestino. Ou poderia ser apenas eu sentada na frente do Brenno, um reacionário homofônico lá da firma que eu trabalhava que me tirava do sério.

Entrei na baia da Linka e a colega dela estava lá. Pikachu pendurado na parede e uma caneta do my little poney.

Seco. Pow. Na minha cara.

Desde a escada em direção ao escritório eu já estava pensando na ideia de assistir mais de perto e com olhar crítico a conferencia.

Linka me arrumou um crachá. Eu só precisava me comportar e nada mais. Assisti a mais uma conferência e no dia seguinte estava lá de novo: que puta oportunidade, meus amigos.

O que me chamou mais a atenção não foi o tema da conferencia e nem o vai e vem de números daquela reunião com mais de 50 nego presente. Fui achando que teria uma aula de desenvolvimento social responsável, mas o que tive foram conclusões comportamentais e não cientificas/ técnicas.

Ao fundo daquela sala big mega monster, um data show projetava as pautas em discussão. Um puta software inovador que captava áudio e ia transcrevendo? Tché! Era um wordzao aberto, meus amigos, e um dos caras que estava na mesa central ia escrevendo; com certeza não era estagiário e não tinha cara de muitos amigos.

Meus olhos iam rodando por aquelas mesas posicionadas em um semi círculo: um rapaz de cabelos grisalhos, porte médio, na sua frente a plaquinha: Ucrânia. Ele não saía do celular.

Três mesinhas pro lado: uma loira de cabelos curtos junto de uma outra loira super bem vestida. Ambas representavam a Austrália e a de cabelos longos me parecia a estagiaria, assistente, sei lá. A de cabelo curto começou a falar. Claire Underwood estava presente. Questionava a falta de clareza nas palavras do Estados Unidos (vamos falar assim, já que o próprio mediador chamava pelo pais).

Mexico abriu um pacote de M&Ms.

A palavra voltou pra Claire underwood. Era a Brenda peitando o cara que só empacava tudo. Ou a Carol peitando um outro cara numa das primeiras reuniões que acompanhei. (Bacardi one more time).

O mediador perguntou se mais alguém tinha algo a acrescentar. Angola levantou a mão e começou a falar.

Eu não entendi porra nenhuma e logo percebi que ninguém ali parecia entender o que o cara dizia. Um inglês não muito claro, comentários que mais pareciam devaneios de fim de expediente.

México permanecia no M&M. Ucrânia saiu do celular.

Suíça pede a palavra e diz que Angola não tinha sido claro.

Depois de muito vai e vem, Claire Underwood fez algumas considerações e Japão terminou a reunião com algumas palavras que eu nem lembro o que eram.

Incrível ! Eu estive em uma reunião mega blaster importante e vi que a malicia é sim a matéria prima da diplomacia. Ali ninguém se exaltava a ponto de perder a razão, e há uma clara preparação de todos que estavam ali sobre como se portar e como dirigir a palavra.

Eu não vi como funciona uma reunião nos métodos asiáticos, eu vi, na verdade, como é uma reunião nos padrões globais, internacionais, governamentais, não governamentais, insira aqui um nome que você acha chique e inspirador… A casa da mãe joana só muda de endereço, reunião é reunião, internet é distração em qualquer lugar e um chocolatinho sempre adoça quando as coisas estão um porre. Mulher com atitude é mulher com atitude, homem branco olhando os outros com olhar desprezível é babaca em qualquer lugar. Educação e bom senso é a mesma coisa no mundo inteiro.

Quanto mais eu ando e viajo, mais eu vejo como o mundo é diferente. Como há infinitas coisas a se aprender sobre cada cultura. Como as pessoas lidam de maneira diferentes com situações corriqueiras. Mas quanto mais eu conheço, parece que o ser humano só tem embalagens diferentes para buscar o semelhante. Todos nós queremos ser felizes, certo?

Por que diabos os 345 relatos que li, e que saem diariamente em blogs como Hypeness, Vice e buzzfeds da vida falam tanto sobre a descoberta de um mundão fora do escritório, se até na organização que luta pelo mundão igualitário, a pica em fazer o bem, a idolatrada salve salve dos pobres e oprimidos não me pareceu ser assim tão cool de se trabalhar?

O que será que está errado então? Não sei.

A experiência de ir na ONU foi sim maravilhosa. Se você ler esse texto sem a devida atenção, pode achar que eu fiquei decepcionada, meio puta, não sei.

Mas no fim das contas, eu lembrei daquele papo do meu pai de que as coisas estão mais perto de nós do que imaginamos. As reuniões da ONU são como as reuniões do seu prédio, o escritório todo cosmopolita no nada mais é do que a diversidade de bairros que compõem o corpo de funcionários da firma que você trabalha.

Errado é limitar os sonhos a corporação, a uma cadeira, ao poder, ao achar que o cargo mudara sua vida. Vai ver a colega da Linka tem um broxovsky grande por isso.

Quando a conferencia acabou eu me levantei e sai, como todos fizeram. Fui direto para a mesa do café, obviamente. Ataquei o coffe break como se não houvesse amanhã e puxei um papo com a Claire Underwood. Me apresentei como alguém que largou o trabalho para conhecer o mundo mas que um objetivo concreto mesmo, eu não tinha. Ela era incrível, sagaz, rápida nas ideias, elogiou o Brasil (te garanto que isso é delicioso de ouvir quando se está fora há um tempo) e disse que o interesse nas coisas e como você usa o seu conhecimento é que mudam o destino das coisas . Minha nossa senhora das palavras inspiradoras, rogai por mim e por todos que leem esse email! hahaha

.

Alguns sanduiches de salmao depois, fui embora. Coração cheio. Achei a conferencia incrível. Fiquei com vontade de me vestir de camada de ozônio e dançar na paradinha na rua. Será mesmo que tinha algo de tão fora do comum na reunião?

Acho que as pessoas ficam impressionadas com a grandiosidade do mundo ao viajarem, por se permitirem conhecer a natureza, conhecer as pessoas, conhecer o natural, o diálogo; e talvez elas não o faziam antes. Acho que talvez, o que preciso é não deixar o amor em se conectar com as pessoas ser abafado, ser apagado ou ser colocado em segundo plano.

Sigo viajante habitante de um lar sem muros.

De resto, o mundo que eu carrego na minha mochila está lindo, assim como o do quintal da minha casa em pouso alegre também.

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