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Hoje eu morri por dentro

Acho que todos os dias morremos um pouco por dentro. Nós somos feitos de pedacinhos de várias pessoas que passam pela nossa vida, seja por uma hora ou por uma vida inteira. Ninguém cruza nosso caminho a toa, cada encontro tem uma razão pra acontecer. E assim como cada encontro tem um porquê, cada partida também tem.

Partidas nunca são fáceis. Cada adeus leva um pedacinho de você, afinal, qualquer relacionamento — e quando digo relacionamento é qualquer um mesmo, com família, amigos, colegas de trabalho — requer uma troca. Você fica com um pedacinho daquela pessoa e vice-versa. Quando ela vai embora, ela leva uma parte sua consigo e nesse momento uma parte de você morre. Mas como eu disse, relacionamento é troca. Então, uma parte de você se foi, mas um pedaço da outra pessoa permaneceu com você. E isso é uma das coisas mais maravilhosas em ser um ser humano: transformação. Eu duvido que você consiga nomear uma pessoa que tenha cruzado os seus anos de vida e não tenha te ensinado nada. Dor, sofrimento e atitudes escrotas também são ensinamentos, no nível hard.

Quando eu comecei a escrever esse texto, no entanto, pensei em como uma parte de mim morreu quando você decidiu ir embora de vez. Você ainda vive dentro de mim e como não alimento mais, cotidianamente, essa presença, hoje eu morri por dentro. Eu morri por dentro, porque não sinto nada além de uma angústia absurda, que parece consumir cada célula do meu corpo. Eu morri por dentro, porque percebi que ao te mandar uma mensagem, eu não senti nada. Apatia: é o pior estado que eu já vivenciei nos meus poucos 22 anos. Nada te anima, nada te chateia, é um eterno “ah” inanimado.

Dizem que você passa por quatro estágios quando você termina um relacionamento: negação, raiva, barganha e aceitação. Talvez, depois de dois meses, eu tenha chegado na aceitação. E essa é a parte mais difícil, aceitar que terminou, que não tem um “nós” depois. Por mais que eu queira acreditar naquela história de que “se for pra ser, será” e a esperança fique latente ao relembrar cada diálogo, no fundo eu sei que isso não vai acontecer.

Eu sei que aprendi muito com você e o contrário também aconteceu. Isso me conforta. Nós marcamos um ao outro. Pra sempre eu vou levar um pedaço seu comigo, porque se eu sou quem sou hoje, também é resultado de ter partilhado uma parte da jornada com você. Esquecer é impossível e indesejável, mas eu sei que com o passar do tempo, sua parte dentro de mim também vai morrer aos poucos. Ela vai dar lugar a lembranças boas, mas que logo serão superpostas por outras. E talvez no fim você vire “aquele namorado que eu tive com 20 e poucos anos” e não passe mais de 5 minutos de história.

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